domingo, 24 de agosto de 2008

Fé.

Hoje de manhã acordei um pouco triste, porque tiraram um pouco da minha ingenuidade e credibilidade nas pessoas.
Pensei em escrever, mas como sempre deixei pra mais tarde.
Estava um pouco desacreditada e não parava de ouvir as milhares de vezes em que as pessoas me chamavam de ingênua, de boba, por achar que no fundo todo mundo é bom, que todo mundo deseja o bem, porque, para mim, ninguém desejava fazer mal a ninguém.
Podia magoar, fazer sofrer, mas sempre como conseqüência de atitudes mal pensadas, de imaturidade, assim como eu tanto fiz em minha vida. A maldade como finalidade, para mim, era coisa de novela.
Mas ontem eu fui tirada dessa minha “realidade” e colocada na realidade em que essas coisas acontecem, em que as pessoas fazem as coisas por pura maldade. Pessoas que Deus, inclusive, provocou mudanças em suas vidas para um fim, mas acho que elas não visualizaram a oportunidade.
Rezei e pedi a Deus por elas, não deixei ser dominada pela maldade, não dei a elas o que elas queriam, por pouco.
Mas, como dito, “não há uma noite de choro que não venha com uma manhã de alegria” e às vezes nem é preciso transcorrer tanto tempo.
A missa hoje foi linda, as palavras que ouvi entraram no meu ser e no meu coração. Fui dominada pela fé em Deus, pelo seu amor e me ofereci como instrumento que sou de sua vontade, e isso me fez um bem enorme.
O padre falou algo que me emocionou bastante, diga “eu creio, mas quero crer muito mais”. Sintetizou tudo que sinto. Quero muito mais da minha fé, a quero muito maior, quero seguir muito mais seus ensinamentos, quero seguir o seu caminho, porque sei que só nele serei feliz, não há outro.
Confio em Deus, confio no seu amor.
Quero, como o padre disse, “ser, cada vez mais, menos eu e mais Deus”.
E de uma manhã triste passou-se a uma noite alegre, repleta de fé e esperança. Uma noite de paz, graças a Deus.

sábado, 23 de agosto de 2008

Da Paciência

“Há tempo de plantar, e tempo de colher”, diz Salomão no Eclesiastes.

Existem momentos em que o guerreiro desembainha sua espada e parte para o combate. Mas existem momentos em que é preciso ter paciência.

Sentar. Relaxar. Rezar. As coisas virão no seu devido tempo - não se preocupe.

Não adianta ficar andando de um lado para o outro. Não adianta parecer ocupado, ou iludir-se com a sensação de que está fazendo alguma coisa. Não adianta forçar um aprendizado novo.

No intervalo entre um combate e outro, o guerreiro fuma seu cachimbo e espera. Se não agir assim, seus olhos não poderão enxergar os sinais de Deus. E todas os mapas capazes de guiar seus passos podem passar despercebidos.

Paulo Coelho

domingo, 17 de agosto de 2008

Ontem assisti ao "Lar Doce Lar" do programa do Luciano Huck e a família escolhida era de uma mulher de 26 anos, que aos 14 anos levou um tiro de bala perdida e ficou paraplégica, o que não a impediu de viver, de encontrar o seu amor, de ter seus filhos, de superar o medo de sofrer preconceitos.
Aquela mulher, na verdade uma jovem ainda, com um sorriso e brilho no olhar que só se encontra em crianças e pessoas repletas de fé e esperança em seus corações, deu uma aula de vida, de força e um belo puxão de orelha em pessoas que, como eu, estavam chatinhas e emburradas por nada, por mero capricho.
De cada palavra sua tirava-se um aprendizado. Quando foi perguntada sobre o que sentiu na época em que soube que ficaria paraplégica ela disse que para ela só haviam duas opções, não viver ou viver bem, e ela escolheu viver bem e assim o faz.
Ela conseguiu de forma simples e clara dar uma solução a diversos problemas de diversas pessoas. Como? Restringindo as opções.
Não existe viver mal, viver pela metade, viver triste, viver só, sem esperança, sem alegria. Se você escolheu pela vida, ou Deus escolheu por você, a sua única opção é ser feliz, é viver bem e lutar por isso.
Depois ela falou algo que me emocionou mais ainda e que representa muito o que sinto hoje, como acordei hoje e o que me fez querer escrever isso aqui, que “não tem uma noite de choro que não venha com uma manhã de alegria”.
Que aula de fé e esperança.
Que confiança em si mesma.
Que confiança na vida.
Que confiança em Deus!

O Luciano Huck disse que aquela história mudou a família dele, mas tenho certeza que mudou também a vida de várias famílias, inclusive a minha, que passou por esses dias por uma situação complicada com um acidente envolvendo meu irmão.
As pessoas reclamam muito da televisão brasileira, que não acrescenta nada. Em parte é verdade, mas também é verdade que depende muito dos olhos de quem vê e, às vezes, a questão é bem simples, é só abrir os olhos e conseguir enxergar em pequenos detalhes grandes lições como essa.
Assista ao vídeo e reflita:
=)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Das formas da oração

Existem dois tipos de prece.

O primeiro tipo é aquele onde pedimos que determinadas coisas aconteçam, tentando dizer a Deus o que Ele deve fazer. Não damos nem tempo nem espaço para o Criador atuar: queremos as coisas realizadas do nosso jeito. Deus - que sabe muito bem o que é melhor para nós - vai continuar agindo à Sua maneira. E nós vamos ficar com a sensação de que não fomos ouvidos.

O segundo tipo é aquele em que, mesmo sem compreender os caminhos do Alto, deixamos que se cumpra em nós Seus desígnios. Pedimos que nos poupe do sofrimento, que nos dê alegria, mas ao mesmo tempo nos oferecemos como instrumentos de Sua vontade.

Quando entendemos que a vontade de Deus se manifesta em nós, entendemos nossa própria vida.

Paulo Coelho

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Bom senso.

Ontem pela manhã quis escrever um texto sobre a falta de educação e falta de respeito das pessoas pelo próximo. Mas com tantas provas (todas adiadas) deixei para depois e, no decorrer do dia, me deparei com mais uma situação de falta de consideração pelo próximo (um desses adiamentos só fiquei sabendo no dia da prova, sendo que foi algo ajustado dias antes por algumas pessoas da minha turma e o professor). De início me revoltei, depois resolvi relaxar e refletir um pouco sobre essa minha decepção. Meu Deus, aonde vamos parar?! Acho que a solução para todas essas mazelas é o simples bom senso. É a pessoa se colocar no lugar do próximo e pensar como ele se sentiria. Sei que é meio clichê, mas os clichês não existem à toa, eles estão por aí justamente por serem reiteradas conclusões que todos tiram depois das pancadas da vida e é uma ótima maneira de evitar que mais alguém tenha que passar pelas mesmas situações para concluir a mesma coisa. Os clichês são uma forma de prevenção. É um senso comum para evitar conflitos.
Pois bem, a falta desse bom senso por parte das pessoas que convivo me pegou esses dias.
Primeiramente, todos que me conhecem sabem que não me agrada nenhum pouco pessoas do tipo “eu falo o que quiser, na hora que quiser, como eu quiser, não estou nem aí para o que os outros vão pensar”. Para pessoas assim a resposta é “quem fala o que quer ouve o que não quer”. Além disso, quando você expõe seus problemas aos gritos aos quatro cantos do mundo, você está envolvendo pessoas que não estão nem aí pra você e para os seus problemas, elas querem apenas viver a vida delas. Se você é louca, está zangada ou é uma pessoa mimada e algo te desagradou, problema seu. Compartilhe isso com sua família, seus amigos, pessoas que se importam com você, não com estranhos que querem mais tocar suas vidas. Isso é respeitar os limites de terceiros, os limites do próximo. O problema é que a maioria das pessoas vê esse tipo de comportamento como “personalidade” e a usa como justificativa para acobertar o que, para mim, não passa de falta de educação. Educação essa que deve vir de berço. No primeiro “escândalo” que seu filhinho der em público, não ache que ele tem “personalidade forte” e é “genioso”, ele é simplesmente mal educado e não respeita nem você nem o próximo.
Já no que se refere à falta de consideração, as pessoas têm que entender que consideração é uma coisa que se deve ter independentemente de afeto, pelo simples fato de vivermos em sociedade e estarmos, muitas vezes, “obrigados” a conviver com pessoas com as quais não simpatizamos, não gostamos, mas nada que justifique não termos consideração por elas. Sempre fui uma pessoa que nunca se fechou a ninguém, mesmo com as cortadas e caras feias que fazem sempre estive aberta a todos e sempre tive consideração por todos, repassando informações, tentando de alguma forma ajudar quem está precisando, fazendo minha parte como alguém integrante de uma coletividade. Tanto é que, se você é alguém que convive comigo mas vê uma barreira entre nós, pare e pense, não fui eu que a criei. Disso posso falar com toda a certeza.
Temos que entender que o mundo não é feito por nós individualmente e egoisticamente ou por nós e o grupinho de amigos que andamos. Desse jeito não há evolução. E é esse egoísmo que, para mim, é o grande desestímulo do nosso curso. Não é um professor que não é bom, que não dá aula, para isso, quando há união, criam-se grupos de estudo. Para mim, o que desestimula são casos de falta de consideração como esse, assinar um contrato com a comissão de formatura e não pagar uma parcela sequer e nem procurar adimplí-las, é ser chamado a participar de reuniões com a comissão e não se interessar em ir, é uma empresa ir apresentar uma proposta para a formatura e só sete pessoas assistirem. Isso é desestímulo.
Entendam, não estou dizendo que alguém agiu dolosamente, mas será que ninguém teve o bom senso de pensar “será que aquela pessoa está sabendo ou pelo menos uma pessoa daquele ‘grupinho’ que não estava presente?”, tampouco estou agredindo alguém ou dizendo que sou melhor que os outros.
Também não estou dizendo que devemos ser frios e não exteriorizarmos nossas emoções, mas sim sabermos o momento adequado para fazê-lo.
Só acho que é tudo questão de bom senso, e é isso que está faltando em nosso mundo.

PaulaCortez

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

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Não estou para amores.
Não que eles não me satisfaçam.
Acho que é por eles me satisfazerem tanto e me completarem tão bem que me sinto segura para querer ficar um pouco comigo mesma e me encarar.
Quero passar horas com meus pensamentos, enfrentar minha TPM, rir das minhas besteiras, me estressar com minhas loucuras.
Fazer mil planos até dar aquele suspiro de preguiça só de pensar em concretizá-los, virar para o lado e dormir.

PaulaCortez

domingo, 3 de agosto de 2008

Mecanismo Perfeito

Eu posso dizer que a vida é perfeita.
Não a minha vida, mas a vida como um todo.
Impressiona-me a maneira como as coisas se encaixam perfeitamente, as voltas que a vida dá, os altos e baixos que ela nos põe.
Tudo isso para nos mostrar que nada está pronto.
Que nada está acabado.
Que o tempo é sim o senhor de tudo.
Que o tempo aproxima, aprimora, define o que é joio e o que é trigo e nos ajuda a separá-los (se quisermos).
Que não podemos ignorá-lo.
A vida, através de pequenos acontecimentos, nos mostra que não somos uma exceção, que não somos melhor que ninguém para pularmos etapas e dificuldades.
Todos nós teremos que passar por elas.
Não há como fugir, pois são delas que iremos tirar nossa força e criar uma base sólida.
Fascina-me esse mecanismo e como tudo acontece em perfeita harmonia.

PaulaCortez

30.07.2008

As letras de dor não me cabem mais.
Só me interessam as letras de amor.
Amor vivido, resolvido, sorrido, cantado,
encantado.
A angústia não se encaixa mais.
Não vejo mais sentido nos finais infelizes.
Estou dominada pela paz do amor.
Pela graça de te amar.

PaulaCortez

Não. 01/08/2008

Não demostre o que você não sente.
Não diga o que você não acredita.
Não ria do que você não acha graça.
Não se responsabilize pelo que não é capaz de assumir.
Não se contente com o que não te satisfaz.
Não aceite o que não deseja.
Não seja o que você não é.

ok?!

Paula